quinta-feira, 15 de maio de 2008

Saiba como escolher o notebook mais adequado para uso profissional

No difícil equilibrio entre desempenho e autonomia de bateria, poucas marcas se destacam; conheça os melhores de cada categoria.




best_buss_laptop_150Para muitos, notebook é sinônimo de trabalho. O problema é que nem todo mundo trabalha do mesmo jeito. Quem viaja com freqüência faz questão de máquinas ágeis e leves para acompanhar seu pique; já outros não abrem mão de muita potência e telas grandes, o que costuma pôr em xeque a portabilidade.

E ainda há o sujeito comum – aquele que quer simplesmente contar com um poder de fogo aceitável e com a versatilidade de poder trabalhar de qualquer lugar.

Seja qual for o perfil sob o qual cada um se classifica, pelo menos um ponto ninguém discute: todos querem alcançar o paraíso do desempenho superior e de uma bateria que segure carga para um dia inteiro de trabalho.

É justamente nessa busca que o banco de dados da PC WORLD pode ajudar. A partir de uma enorme coleção de testes de laptops, classificados em três categorias – Ultraportáteis, Uso Geral, e Máxima Potência –, nossa redação elegeu os mais representativos em termos de melhor equilíbrio entre desempenho e autonomia.

Diante de tais condições, todo o resto fica em segundo plano. Explicando melhor: o critério preço não foi determinante para a seleção destes modelos, todos projetados para uso profissional.

Uso Geral: Sony VAIO VGN-SZ791N

145496-sonyVaioO VAIO VGN-SZ791N não é exatamente um ultraportátil, mas quase chega lá. O modelo tem tamanho e peso equivalentes aos dos maiores ultraportáteis do mercado: com 1,8 kg, ele tem tela de 13,3 polegadas. Mas não se engane: este VAIO é um cavalo de corrida quando solicitado, e tem autonomia sob medida para uso profissional.

Ninguém pára o SZ791N nos testes do WorldBench 6. Com 94 pontos, ele deixou para trás (com diferença de 10%) o segundo do páreo, o Lifebook A6120 da Fujitsu. Tal desempenho se deve em grande parte ao casamento do processador Intel Core 2 Duo T9300 de 2,5GHz com o processador gráfico nVidia 8400GS. Quem prestar atenção vai notar que a Sony utiliza no SZ791N o mesmo processador de seu portátil maior, voltado à substituição de desktops – só que com um ajuste fino todo especial.

Em autonomia de energia, se o SZ791N não é o máximo, também não é nada desprezível. Uma carga simples chega a durar 3 horas e 50 minutos, marco sensivelmente melhor que o de um portátil mediano de uso geral. Há até uma tecla especial de gerenciamento de energia, que faz o chaveamento entre os modos Speed e Stamina.

O recurso deveria resultar em maior autonomia. No entanto, seu efeito não é tão notável. Além de reduzir a velocidade da CPU, a “solução” mexe com outras configurações (como a resolução da tela, que é reduzida) e obriga o computador a um reinício, o que nos faz imaginar quanto da preciosa energia da bateria teve de ser gasto com todo esse trabalho.

Sob certos aspectos, outros notebooks oferecem mais que o SZ791N. Em duração da bateria, por exemplo, o Pavilion dv2660se foi de longe o mais eficiente. Este laptop portou-se como um maratonista, funcionando sem interrupção por 6 horas e 19 minutos com a bateria de 12 células incluída de fábrica. Este Pavilion só não arrasou porque, no quesito CPU, os testes do WorldBench 6 o posicionaram abaixo da média de sua categoria.

Se dinheiro não for problema, então o Sony VAIO VGN-SZ791N é uma escolha de respeito. Sim, seu preço pode passar de R$ 7.500, mas esta usina de força compacta é capaz de dar um baile nos concorrentes por praticamente 4 horas.

Ultraportátil: Lenovo ThinkPad X61

145496-lenovoPara ser ultraportátil, um notebook deve passar por toda sorte de sacrifícios. Carregar um processador relativamente raquítico, por exemplo, é um deles. Mas não a linha ThinkPad da Lenovo. Resistente, elegante e pronta para a vida executiva, essa linha de portáteis parece saber o que é trabalhar sob pressão. Não é por acaso que a Lenovo tem presença constante nas listas dos Dez Mais da categoria de ultraportáteis.

O ThinkPad X61 não é o mais rápido da sua turma. Mas, graças a uma CPU Intel da série Santa Rosa (um Core 2 Duo T7300 de 2GHz), ele mostrou-se competente o suficiente para estar entre os quatro melhores na suíte de testes WorldBench 6, atingindo a marca de 75 pontos – nada mau para um ultraportátil. Tal desempenho por pouco não se iguala ao do Lenovo 3000 N200 e do potente Dell XPS M1330. O único ultraportátil significativamente melhor, o Micro Express JFT2500, deixa o X61 para trás a uma boa distância, com vantagem de 17%.

A questão é que, no caso dos ultraportáteis, há uma enorme distância entre desempenho e autonomia. Se a máquina é rápida, a bateria dura pouco, e vice-versa. Por exemplo, o JFT2500 – o ultraportátil mais veloz que já testamos – não chega nem perto do melhor em duração da bateria.

Nesse quesito, o campeão é o Asus U2E, que vem com duas baterias, uma padrão e outra extra, de 6 células, o que resultou, em nossos testes, numa autonomia absurda de 7 horas e 11 minutos.

O ThinkPad X61 também conta com um fornecimento extra de energia, mas ela termina uma hora antes que o laptop da Asus (em 6 horas e 14 minutos, para ser preciso). Mesmo assim, 6 horas é um marco respeitável para os que sobrevivem ao nosso teste de baterias.

Contudo, a seleção desta vez é pela máquina que melhor equaciona as principais demandas, e o X61 consagra-se como a máquina mais equilibrada de sua categoria. Já não é exatamente nova (foi lançada nos EUA no ano passado), mas não se pode negar que o X61 é um sucesso.

E, considerando que esta linha de portáteis com tela de 12,1 polegadas tem preços a partir de pouco mais de R$ 5.600, ela acaba tendo uma relação custo-benefício relativamente mais vantajosa.

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