terça-feira, 6 de maio de 2008

impressoras 3d

Impressoras 3D produzem objetos reais

Em alguns anos, as casas terão uma impressora como esta,
capaz de criar objetos em 3D a partir de pedaços de plástico

Algumas vezes, uma peça de plástico
em particular é exatamente o que você precisa.
Você perdeu a capinha da bateria do celular, talvez.
Ou sua filha precisa ter aquela boneca princesa
que ela viu na televisão. Agora. Dentro de alguns anos,
será possível você mesmo produzir esses itens.
Você poderá baixar os planos tridimensionais
online e apertar "imprimir". Horas depois,
um sólido objeto estará pronto para ser
retirado da impressora. Ainda não é o transporte
de Star Trek, mas é um passo a mais nesta direção.



Impressoras tridimensionais são vistas há cerca
de uma década em grandes pátios industriais -
são usadas para testar designs de carros,
aviões e outros produtos antes de eles serem enviados
à manufatura. Tendo chegado a custar US$ 100 mil cada,
essas máquinas hoje têm preços em torno de US$ 15 mil.
Nos próximos dois anos, estes valores devem cair ainda mais,
colocando estas impressoras mais próximas de pequenos
escritórios e até mesmo da loja de cópias da esquina.
A próxima fronteira será o lar, e uma companhia quer
ser a primeira a entregar impressoras 3D para consumidores:
é a Desktop Factory, iniciada por uma incubadora norte-americana,
a IdeaLab. A companhia começará a vender sua primeira
impressora ainda este ano, ao preço de US$ 4,95 mil
(equivalente a pouco mais de R$ 10 mil).

Bill Gross, chairman da IdeaLab, disse que a tecnologia
esenvolvida por eles, que usa halogênio para derreter
o pó de náilon, permitirá que o preço das impressoras
caia para US$ 1 mil em quatro anos. "A coisa realmente
poderosa sobre esta idéia é que a engenharia fundamental
permite que façamos isto por US$ 300 em materiais".
Outros estão trabalhando na mesma idéia, conta reportagem
do The New York Times. "No futuro, todos terão uma impressora
como esta em casa", disse Hod Lipson, professor na
universidade de Cornell, que liderou um projeto que publicou
o design para uma impressora 3-D que pode ser feita por cerca
de US$ 2 mil em partes. "Você pode imaginar imprimir
uma escova de dentes, um garfo, um tênis...
quem sabe onde isso vai parar?"

Impressoras tridimensionais, chamadas usualmente em inglês
de rapid prototypers, montam objetos a partir de uma seqüência
de pedaços de materias, da mesma forma que as impressoras
tradicionais criam imagens de pontos de tinta ou toner.
Elas criam modelos em uma pilha muito fina de camadas,
cada uma criada por um líquido ou plástico em pó que se
solidifica em pequenos pontos ao ter calor, luz ou químicos
aplicados com extrema precisão.

A 3D Systems, pioneira no campo, planeja introduzir a
impressora tridimensional no mercado ainda este ano por
US$ 9,9 mil. "Planejamos systemas vendidos por menos de
US$ 2 mil em três a cinco anos", disse Abe Reichental,
executivo da empresa. "Isso vai abrir o mercado a pessoas
que não são engenheiros, mas colecionadores e decoradores de interior."

Até mesmo com os preços atuais, a utilização de impressoras
em 3D estão se multiplicando. Escolas estão comprando elas
para aulas de design. Consultórios de dentistas estão
fazendo modelos. Médicos fazem moldes a partir de exames
para planejar operações complicadas.

Empresas como a Fabjectoru estão fazendo modelos de bonecos
do Second Life e World of Warcraft para vender para aficcionados.
A EA pretende fazer o mesmo com Spore. O mercado de brinquedos
também sofrerá uma revolução. "Você poderá ir no site da Mattel.com,
baixar uma Barbie, scanear o rosto da sua mão e colocá-lo na boneca",
diz Joe Shenberger, diretor de vendas da Desktop Factory.

The New York Times

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